domingo, 10 de janeiro de 2010
Eu vou aprender...
Normalmente, quando meu prato está vazio...olho pra os dos outros e estão ainda com mais da metade da comida lá...
eu detesto ficar na mesa, deve ser isso que fez com que eu acelerasse o ritmo ...
Por isso, quando levanto estou logo com estômago inchado, como se tivesse comido um boi inteiro. Agora vou modificar meus habítos, e seguir estas dicas que quero compartilhar com vocês.
A dieta de uma regra só
Quem diria que uma, apenas uma, mudança na minha rotina mandaria embora os 4 quilos que me atormentavam há anos. Pois foi assim. Depois que aprendi a mastigar, consegui pôr em prática todos os princípios da boa alimentação e, aleluia!, emagrecer. Deu tão certo que resolvi contar tudo para você, com a ajuda da Waldinez Nogueira, nutricionista da Lapinha Clínica e Spa Naturista, na Lapa, Paraná, onde aprendi essa tática.
Os pesquisadores da área de nutrição andam preocupados. Constataram que o tempo médio de uma refeição não passa de cinco ou dez minutos! Engolindo a comida, sem mastigar, a gente pode até dobrar o volume do que come, sem falar no tanto que isso faz mal à digestão.
Tem mais: comer depressa vem de mãos dadas com outro péssimo hábito, o de consumir vários copos de líquido entre as garfadas, justamente para ajudar o alimento a descer, já que mastigando pouco não se produz saliva suficiente. E a saliva, entre outras tarefas, amolece a comida, facilitando a descida. Mas, quem se preocupa com quantas vezes mastiga um pedaço de picanha? Resultado: a gente vai engolindo rapidinho, uma, duas, quatro fatias até que não aguenta mais. Pára de comer não porque fica satisfeita, mas porque lotou! É o que os especialistas chamam de falsa saciedade. Pura enganação. Quando o estômago esvaziar, a fome vai voltar seja lá que hora for, infringindo a lei básica, que manda espaçar as refeições. Sem controlar os horários, não tem dieta que resista.
É assim que deve ser
Você leva a primeira garfada à boca e começa a mastigar. Mastigando, dá a partida à digestão. A salivação avisa o pâncreas, os intestinos e o fígado que vai começar a festa e está na hora de produzir enzimas digestivas, necessárias para transformar a comida em músculos, ossos, combustível, estoque de energia... É também a salivação que acelera os movimentos do esófago e estômago, preparando esses órgãos para fazer seu serviço, ou seja, triturar o alimento no ponto certo para ser assimilado pelo intestino e daí enviado para o sangue que faz o delivery para as células, garantindo a sua vitalidade, força e bom humor.
mas, dá uma preguiça...
Duas ou três mastigadinhas rápidas e a gente engole – afinal, tem tanta coisa melhor para fazer do que ficar mastigando. E tanta comida boa nos seduzindo nas travessas do bufê do quilo, nos outdoors, nos intervalos comerciais na televisão, que não dá para se dedicar demais a cada bocado... Se a comida chega ao intestino mal digerida, acaba, em grande parte, descendo descarga abaixo, deixando quase nada de energia no seu corpo. Isso sem falar dos efeitos desagradáveis de uma digestão incompleta – arrotos, gases, barrigão... Se você não “perde tempo” mastigando a comida mais dura, imagine se vai investir em triturar pão, massa, arroz, biscoito e toda a turma dos carboidratos refinados, alimentos mais moles. Pois justamente ele, o carboidrato, merece ser muito bem amassadinho porque sua digestão depende muito da saliva e acontece quase inteiramente na boca. Se descer mal mastigado, os carboidratos viram banquete para as bactérias que habitam o intestino, criando um estado de fermentação no ambiente, dilatando as alças intestinais e produzindo estufamento e gases, muitos gases. A digestão de verduras, frutas e legumes também exige o empenho dos dentes. É que vitaminas e minerais, o ouro dos vegetais, só são absorvidos se você quebrar a parede de celulose que reveste a célula vegetal. Sabe como? Mastigando.
Desacelere e aproveite
Até aqui, já juntamos bons argumentos para botar fé na mastigação. Mas, você deve estar se perguntando quando é que essa atitude pode ajudá-la a emagrecer. Fome é a pedra no sapato de todas as dietas. E, se você é saudável, não há como não sentir fome, já que essa é uma questão de sobrevivência. Sentir fome é um direito e obrigação de todos nós. O que podemos é domesticar o apetite e evitar a gula, essa, sim, uma desordem alimentar que deve ser sumariamente demitida da sua vida. Quer se livrar dela? Basta mastigar! Só assim você consegue esticar a refeição e entrar em sintonia com o ritmo do seu corpo. Entenda: só após 20 minutos de mastigação, o cérebro recebe um recado de que você está satisfeita e, para que todo o corpo fique sabendo disso, libera a produção de um hormônio responsável pela saciedade, o PYY. Se você mastigar com calma, vai demorar esse tempo para consumir um bom prato de comida. Se, por outro lado, encara as refeições como um rali de velocidade, vai cair na armadilha da falsa saciedade. No controle da fome, dois personagens são os grandes heróis. A grelina é a substância que abre o apetite. O que rebate seu efeito é justamente o PYY – ele avisa o corpo quando o estoque de energia está completo e, portanto, está na hora de parar de comer. Esse hormônio é produzido no intestino uns 20 minutos depois que o corpo percebe que começamos a comer. E adivinha quem manda o recado? A salivação. Ou seja, se você levar menos de 20 minutos para fazer a refeição, vai desmontar esse mecanismo e comer mais do que precisa. Enquanto o PYY estiver circulando na corrente sanguínea, nos sentimos saciados. Quando ele saí de cena, entra a grelina e lá vem apetite.
Ah, que delícia!
Se a idéia é matar a fome e driblar a gula, a solução definitivamente é mastigar. Olha aqui mais um argumento: quanto mais tempo a comida fica na boca, mais ela está em contato com as papilas gustativas da língua, que captam seu sabor. Essas papilas também têm função na digestão: vão avisando o centro da fome de que a gente está comendo. Sentir o gosto do alimento, portanto, ajuda você a se saciar. Pois é, quando degustamos os alimentos e não apenas os empurramos para o estômago, estamos vencendo a batalha contra a gula, além de descobrir e aproveitar o verdadeiro prazer de comer. Comer é muito bom e você merece se deleitar sem culpa. A melhor forma de fazer dieta, portanto, não é pensar no que não se pode comer, mas aprender a comer do jeito certo. Agora que você entendeu como as coisas funcionam, faça um favor: não deixe seu corpo na mão, ajudeo a produzir as tais enzimas, botando seus dentes para trabalhar. Quer queimar os excessos? Mastiga, mastiga, mastiga!
Para aprender a mastigar
• Na hora de comer, esqueça a pressa, faça seu prato e respire fundo três vezes, antes de começar a comer, para baixar o stress.
• Fotografe mentalmente o prato feito, em frente a você, e olhe tudo o que vai comer, a variedade de alimentos, o colorido, enviando uma mensagem (“estou comendo”) ao centro de controle da fome, no cérebro.
• Repouse os talheres a cada garfada que leva à boca e só segure-os novamente quando o alimento, transformado em pasta, for engolido.
• Enquanto estiver treinando para comer devagar, vale descansar as mãos sobre as pernas enquanto mastiga.
• Se for comer pão, ou outro carboidrato, como biscoitos, bolos, doces, reforce o ritual: ponha o pedaço em um pratinho, corte-o em pelo menos quatro partes e, a cada mordida em cada pedaço, repouse no prato o que ainda está por mastigar.
• Experimente começar a refeição com uma fruta – o açúcar da fruta, a frutose, vai direto para a circulação e aplaca a gula.
• A salada vem antes do prato quente, que só chega à mesa depois que você ganhou bastante tempo mastigando verduras e legumes crus, cheios de celulose, que exige muito trabalho dos dentes. Se todas as travessas chegarem ao mesmo tempo, a tentação é misturar tudo, o que ajuda a engolir as folhas sem mastigar. Ou comer depressa os verdes para atacar o prato quente.
Depoimento
"Hoje aprendi que mastigar bem é a melhor forma para saciar a fome com uma quantidade adequada de alimentos. Além de facilitar a digestão. Por isso, mastigo de 15 a 20 vezes cada garfada. Essa foi uma das formas que encontrei para manter meu peso (depois de perder 20 kg). Eu pesava 75 kg e agora estou com 55 kg" Marcia Chiavel Di Ritti, São Paulo, SP
Fonte: Revista Boa Forma
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Paulo Coelho O guerreiro da luz sempre procura melhorar. Cada golpe de sua espada traz consigo séculos de sabedoria e meditação. Cada golpe precisa ter a força, a habilidade de todos os guerreiros do passado, que ainda hoje continuam abençoando a luta. Cada movimento no combate honra os movimentos que as gerações anteriores procuraram transmitir através da Tradição. O guerreiro desenvolve a beleza de seus golpes. Embora se comporte como uma criança. As pessoas ficam chocadas, porque esqueceram que uma criança precisa divertir-se, brincar, ser um pouco irreverente, fazer perguntas inconvenientes e imaturas, dizer tolices. E perguntam, horrorizadas: "É isso o caminho espiritual? Ele não tem maturidade!” O guerreiro se orgulha com este comentário. E mantêm-se em contacto com Deus, através de sua inocência e alegria. Age assim, porque no começo de sua luta, afirmou para si mesmo: “Eu tenho sonhos”. Depois de alguns anos, percebe que é possível chegar onde quer. Ele sabe que vai ser recompensado. Neste momento, a grande alegria que animava seu coração, desaparece. Porque enquanto caminhava, conheceu a infelicidade alheia, a solidão, as frustrações que acompanham grande parte da humanidade. O guerreiro da luz então acha que não merece o que está para receber. Quando aprende a manejar sua espada, descobre que seu equipamento precisa ser completo - e isto inclui uma armadura. Ele sai em busca da sua armadura, e escuta a proposta de vários vendedores. "Use a couraça da solidão", diz um. "Use o escudo do cinismo", responde outro. "A melhor armadura é não se envolver em nada", afirma um terceiro. O guerreiro, porém, não dá ouvidos. Com serenidade, vai até seu lugar sagrado e veste o manto indestrutível da fé. A fé apara todos os golpes. A fé transforma o veneno em água cristalina. O seu anjo sussurra: “entrega tudo". O guerreiro ajoelha-se, e oferece a Deus as suas conquistas. A Entrega obriga o guerreiro a parar de fazer perguntas tolas, e o ajuda a vencer a culpa. E se, ainda assim, achar que sua recompensa é imerecida, um guerreiro da luz sempre tem uma segunda chance na vida. Como todos os outros homens e mulheres, ele não nasceu sabendo manejar sua espada. Errou muitas vezes antes de descobrir sua Lenda Pessoal. Nenhum homem ou mulher pode sentar-se em torno da fogueira, e dizer aos outros: "sempre agi certo." Quem afirma isto está mentindo, e ainda não aprendeu a conhecer a si mesmo. O verdadeiro guerreiro da luz já cometeu injustiças no passado. Mas, no decorrer da jornada, percebe que as pessoas com quem agiu errado sempre tornam a cruzar com ele. Por isso, o guerreiro da luz tem a impressão de viver duas vidas ao mesmo tempo.Em uma delas, é obrigado a fazer tudo que não quer, lutar por idéias nas quais não acredita. Mas existe uma outra vida, e ele a descobre em seus sonhos, leituras, encontros com gente que pensa como ele. O guerreiro vai permitindo que suas duas vidas se aproximem. "Há uma ponte que liga o que eu faço com o que eu gostaria de fazer", pensa. Aos poucos, os seus sonhos vão tomando conta da sua rotina, até que ele percebe que está pronto para o que sempre quis. Então, basta um pouco de ousadia - e as duas vidas se transformam numa só. É sua chance de corrigir o mal que causou. Ele a utiliza sempre, sem hesitar. |
domingo, 3 de janeiro de 2010
Já Escondi...
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!